Nos últimos anos muitas empresas optaram por abrir seu capital na Bolsa de Valores como forma de se capitalizar e viabilizar investimentos e projetos. No entanto, nos momentos de crises e incertezas, essa forma de se capitalizar nem sempre é atrativa aos investidores, principalmente, aos conservadores e avessos ao risco, que acabam optando pelos títulos da divida do governo. Este trabalho visa mostrar, de forma não quantitativa, a relação que os momentos de crises mundiais, principalmente nos países emergentes, têm com o número de IPOs na Bolsa de Valores de São Paulo. Tendo início em 1994 com a implantação do Plano Real, passando por todas as crises a fim de entender suas causas, consequências e efeitos na economia brasileira e posteriormente realizando um passo a passo na sequência de relações entre crises, risco-país, fluxo de capital estrangeiro, taxa de juros, Ibovespa e IPOs, o trabalho conclui que essa relação existe e influencia a tomada de decisão das empresas em abrir seu capital ou aguardar um momento mais oportuno para isso.