O presente trabalho faz um estudo sobre consequências geradas no espaço urbano, em especial no Rio de Janeiro, decorrentes da dinâmica do mercado imobiliário, que é fortemente influenciado pelo crédito habitacional. Primeiramente é realizada uma análise das principais características deste mercado, entendendo o papel do Estado e da iniciativa privada em sua estruturação e desenvolvimento. Em seguida verificamos que as consequências de uma má política habitacional, que ao longo dos anos preferenciou a população com melhor renda, unida ao processo de urbanização brasileiro causou um dos maiores gargalos deste setor: a falta de uma política habitacional eficiente para a população mais carente. Isso viabilizou a expansão capitalista nas áreas urbanas, definindo um mercado urbano de terras, segregando áreas e valorizando-as. Assim, procuramos entender qual deveria ser o papel do Estado, principal responsável em prover habitação aos menos abastados, em relação a políticas de financiamento e crédito habitacionais realmente acessíveis e programas que tornariam possível a aquisição da casa própria, ou que provessem uma boa infraestrutura das áreas mais precárias.