A presente monografia tem por objeto a análise da responsabilidade civil no plano ambiental, sua evolução conforme o desenvolvimento da sociedade e o surgimento da figura do dano ambiental futuro. A Constituição Federal definiu o meio ambiente como direito fundamental, bem de uso comum do povo e, portanto, de interesse de todos. Com a evolução tecnocientífica vivenciada pós era industrial, surge um novo tipo de sociedade, denominada Sociedade de Risco, marcada pela sua complexidade e pelo risco de causar danos transtemporais, globais, invisíveis e irreparáveis. Surgiu, assim, a necessidade de se estabelecer uma consciência ecológica voltada à preservação do meio ambiente. A partir dos princípios da precaução e da prevenção, propõe-se a transição de uma Teoria do Risco Concreto para uma Teoria do Risco Abstrato onde a responsabilização é analisada mediante conduta de risco, nexo causal e probabilidade de dano, sendo imposto ao agente causador uma obrigação de fazer ou não fazer, sem existir indenização. Esta faceta preventiva do Direito Ambiental é, assim, reforçada pela integração de uma comunicação jurídica do risco, sintetizando a irreversibilidade do dano ambiental futuro.