Neste trabalho será abordada a evolução da exploração offshore de petróleo no Brasil com a utilização de dutos flexíveis; as dificuldades encontradas na extração de óleo com o avanço das explorações mar adentro, principalmente em águas ultra profundas; as especificações dos componentes que fazem parte dos dutos flexíveis atuais e seus principais modos de falha, assim como um estudo de viabilidade técnica e econômica da utilização de dutos flexíveis com configurações em catenária livre e lazy wave. O trabalho foi desenvolvido por uma pesquisa qualitativa utilizando o software Orcaflex, que permite a realização de análises dinâmicas computacionais de dutos flexíveis, incluindo simulações de ondas, correntes e offsets. Dessa forma, é possível simular esforços que serão observados em um duto ao longo de sua vida útil em operação. Neste trabalho em específico, foi realizada apenas uma análise estática comparativa entre as duas configurações. Para realização dessas análises, assumimos premissas em relação às especificações técnicas do duto, como diâmetro interno e externo, peso, entre outros inputs necessários para realizar análises no Orcaflex. Os resultados mostraram que a lâmina d água máxima para utilização da configuração em catenária livre de acordo com as premissas adotadas é de 2950m, sendo necessário a utilização de módulos flutuadores para trabalhar em águas mais profundas, adotando uma configuração em lazy wave e reduzindo a tração na região da conexão do duto com o FPSO. Para uma profundidade de lâmina d água de 3.500m, foi constatado que a utilização desses módulos flutuadores acoplados ao duto tornam a configuração viável tecnicamente, porém encarecem o projeto em aproximadamente 36 porcento em relação a uma configuração em catenária livre, o que se equivale a 13.3 milhões de dólares de acordo com as premissas adotadas.