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Título: RETRATOS DE UM PALEOTERRITÓRIO: HISTÓRIAS ESCONDIDAS NA PAISAGEM FLORESTAL DE GRUMARI, RJ
Autor: ISABELLE SOARES PEPE
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  ROGERIO RIBEIRO DE OLIVEIRA - ORIENTADOR
MARCELA STUKER KROPF - COORIENTADOR

Nº do Conteudo: 51064
Catalogação:  29/12/2020 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51064@1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51064@2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51064

Resumo:
A dicotomia na relação sociedade-natureza se projeta consideravelmente sobre as florestas tropicais, que muitas vezes são consideradas uma natureza estática, sem história e com poucos habitantes, onde sua complexidade estrutural e funcional se deu apenas por processos naturais. O presente trabalho investigou: i. a transformação da paisagem de Grumari, bairro localizado no extremo sudoeste do Maciço da Pedra Branca (RJ), que possui, atualmente, a maior área de cobertura vegetal do município e ii. os legados socioecológicos encontrados na floresta, com o intuito de desvendar quais e como as interações humanas com meio físicobiológico contribuíram para a construção da atual paisagem florestal. Para isso foram usadas metodologias oriundas da Geografia, História e Ecologia que perpassaram a investigação de documentos históricos com fontes primárias e secundárias extraídos de Arquivos Históricos, complementados pela identificação e sistematização de vestígios materiais encontrados em trabalhos de campo, segundo a metodologia da leitura da paisagem. Por fim, utilizou-se a fitossociologia para análise do componente arbóreo ao redor dos vestígios encontrados, no sentido de compreender as resultantes ecológicas do encontro entre a dinâmica social e natural. Foram inventariadas oito unidades amostrais da vegetação arbórea perfazendo 0,32 ha. Foi encontrado um total de 90 espécies, sendo Guarea guidonia, Piptadenia gonoacantha, Sparattosperma leucanthum, Gallesia integrifolia e Joannesia princeps as mais conspícuas. A encosta florestal de Grumari foi habitada por populações humanas, possivelmente desde os povos sambaquieiros; passando por indígenas Tupinambás; colonizadores portugueses; instituições religiosas de poder; latifundiários e pequenos lavradores posseiros - que até hoje ocupam o território – e, mais atualmente, o Poder Público, que exerce a governança ambiental através das Unidades de Conservação. Alguns efeitos da modificação dos ecossistemas para a sobrevivência e atividades econômicas referentes a distintos momentos históricos estão impressos na paisagem através de vestígios como: depósitos malacológicos, resquícios de carvoarias, ruínas e antigos caminhos, geralmente associados à presença de espécies exóticas, e espécies nativas que apresentam padrão de dominância na comunidade vegetal. A associação desses elementos encontrados na paisagem conta histórias para além da história escrita. Depois de mais de 200 anos de intenso uso do solo para agricultura, fornecimento de energia e água e habitações humanas, a vegetação avançou sobre áreas de antigas roças, carvoarias e pastos abandonados. A floresta seguiu sucessões ecológicas únicas, que expressam a história e a cultura em sua composição e estrutura. A complementaridade de fontes – escritas, materiais, biológicas e fotográficas – contribuíram para a compreensão da complexidade da paisagem e dos fatores histórico-ambientais que a levaram à configuração atual. Além disso, permitiu dar luz a grupos sociais sistematicamente invisibilizados que foram importantes agentes de transformação do espaço com suas práticas culturais. A reunião dessas informações e a sistematização de vestígios materiais revelam as complexidades e dão concretude à discussão sobre florestas como paisagens culturais.

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