O incremento nos fluxos de investimento estrangeiro direto provenientes da China em direção ao mundo, é observado com maior notoriedade a partir do ano de 2007. Esse movimento foi acompanhado pelo crescimento da proeminência do país como ator internacional, considerando o seu próprio desenvolvimento econômico e a expansão da sua participação à nível global. O cenário apresentado torna a China objeto de interesse, não somente para as potências desenvolvidas, mas também para as regiões em desenvolvimento. Assim, o presente estudo tem em vista compreender as motivações chinesas ao ampliar, crescentemente, a sua presença em economias em desenvolvimento, analisando os casos da África e do Brasil, destinos-chave para a sua estratégia internacional. A análise parte do pressuposto de que os investimentos do gigante asiático ao mundo podem ser traduzidos em três esferas: garantia de abastecimento para a sua população, busca de mercados para expansão dos seus produtos e procura por alternativas para aplicar suas reservas internacionalmente. Deste modo, os capítulos propõem-se a analisar em que medida esses objetivos se aplicam na realidade dos investimentos chineses direcionados ao mundo, aos países africanos e ao Brasil.