O comércio internacional de vestuários, até então muito fechado, a partir de 2005, passou a estar inserido sob o guarda-chuva institucional da OMC e, por isto, passou por uma crescente liberalização e por uma grande transformação. A partir de então, sob o contexto das Cadeias Globais de Valor, a produção dos vestuários espalhou-se pelo mundo. As etapas de baixo valor agregado se concentraram nos países subdesenvolvidos, principalmente na África, Europa oriental e na Ásia; enquanto que as etapas de alto valor agregado se concentraram nos países desenvolvidos, principalmente os EUA e os países europeus. Diante deste cenário, o presente trabalho tem como finalidade analisar o comércio internacional de vestuários sob as lentes do conceito de sustentabilidade e os seus três pilares – o econômico, o social e o ambiental. Em termos sociais, esta cadeia de produção e o comércio internacional são caracterizados pela grande exploração da mão de obra dos países subdesenvolvidos. Em termos ambientais, há uma grande exploração da natureza e produção de lixo. Assim, este trabalho objetiva demonstrar como a sustentabilidade surge como um fator de competitividade e de diferenciação das empresas, tendência esta que cresce também como uma própria exigência da sociedade civil e dos consumidores em geral. Serão apresentados exemplos de ações consideradas sustentáveis das empresas C&A, Levi’s, Adidas, H&M, Farm, Três – ações como a adesão ao algodão sustentável, apoio ao Better Cotton Iniciative, ao Fair Trade, economia circular, dentre outras.