A tese problematiza o trabalho de Assistentes Sociais na Educação Profissional e Tecnológica, com recorte no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Assim, partimos do campo empírico, realizando as análises acerca do trabalho orientadas pelo método marxista, situando-as nas relações sociais capitalistas e dependentes que atravessam o trabalho nos contextos locais paraibanos, considerando a histórica questão social e regional. Para isso, realizamos entrevistas com Assistentes Sociais dos setores de planejamento e execução do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Os resultados constituíram eixos de discussão do trabalho que versam sobre as principais demandas, requisições institucionais, condições de trabalho e a dimensão político-pedagógica. No que se refere às demandas, analisamos, a princípio, a relação entre empregabilidade e oferta de educação profissional, ao constatar uma não compatibilidade entre a oferta de cursos e os arranjos produtivos locais nas áreas de construção, indústria e comércio. Adentramos o perfil dos estudantes que ingressam no IFPB, obtendo que 95, 5% do público matriculado nessa instituição está dentro do recorte de renda previsto como prioritário no decreto do PNAES, observando as particularidades desse perfil entre as mesorregiões paraibanas. As demandas são processadas no âmbito institucional, expressando-se em requisições para o trabalho profissional. Os resultados das entrevistas apontaram requisições institucionais focadas na execução de editais de programas da assistência estudantil, com uma tendência à burocratização e sobrecarga de trabalho. Por fim, a dimensão políticopedagógica aparece nos dados muito mais como um desejo dos/as profissionais do que propriamente uma realização dentro do seu cotidiano. Destacamos o Serviço Social como uma profissão que coloca a realidade dos sujeitos na ordem do dia, nas disputas dos projetos educacionais que ocorrem nos espaços de educação.