Nesta pesquisa, procuro ater-me ao debate referente ao skateboard e suas implicações no núcleo urbano. Observando a relação dos praticantes do skateboard com os demais grupos que coabitam a cidade, me proponho a pensar na lógica de sua prática enquanto movimento social urbano, discorrendo sobre sua apropriação dos espaços públicos, e por consequência, suas manifestações no espaço da cidade. No Rio, o Centro mostra-se um grande polo de encontro do movimento, e seu choque com o cotidiano programado pelo capital, aqui representado no legado dos projetos urbanísticos visando a iniciativa privada e a atividade empresarial na região, será um dos focos da pesquisa. Para me inserir nesse debate, trabalharei com a Praça XV, localizada na região central, um sítio histórico do Rio de Janeiro, mas também local de importância para o skateboard enquanto movimento, visto sua presença como fator de transformação e apropriação do espaço. Mais especificamente, desde o início do Século XXI até os dias de hoje, os coletivos organizados pelos mesmos são ativos com a manutenção/conservação da praça e estão atrelados a reformas e eventos ali realizados desde então. O skateboard se funde a um núcleo de ativação política e debates culturais urbanos que visa descaracterizar o modelo de cidade excludente atual, imposto pela lógica da gestão urbana neoliberal contemporânea do Rio.