Este trabalho tem como objetivo analisar a origem da dependência econômica no Brasil. Portanto, traçaremos uma cadeia de raciocínios sobre a dependência do investimento externo na economia brasileira, trazendo como argumento central, uma tangível, realista e parcimoniosa solução para pôr fim ou ao menos restringir o ciclo conflituoso que castiga o país, sucessivamente, ao longo de sua história econômica. De fato, como já ocorrido em cenários passados, em pleno 2019, ano em que escrevo esta obra, os resultados econômicos assolam a empregabilidade e o poder de barganha comercial da nação, dependendo mais uma vez de massivo capital estrangeiro e otimismo nacional generalizado para rodar a engrenagem na bolsa, no comércio, e gerar esperança na gradual recuperação da indústria nacional. Todavia, neste demorado impasse ocasionado por uma recessão, ocorrem gravíssimas colheitas para a sociedade, como a precarização dos recursos para setores cruciais, como a saúde, a educação e a infraestrutura. Em paralelo, o aumento da violência e a queda do índice de bem estar de uma forma geral ocasionam a fuga de capital nacional e queda na retenção de capital intelectual, prejudicando a retomada da economia, mais uma vez, como um todo. Tendo isto em mente, mostrarei uma série de comparações com as demais economias que conseguiram progredir nesta etapa do crescimento rumo à autonomia econômica em superávit primário e alcançando grandes resultados em direção ao status de país de primeiro mundo. Veremos como o contexto político, cultural e educacional impactaram a construção de uma personalidade financeira da nação, proporcionando a compreensão de que a mudança só ocorrerá no longo prazo por conta da lucidez popular sobre ideias viciadas que se demonstraram equivocadas quando aprofundadas ou colocadas em prática nas políticas públicas e/ou nas iniciativas privadas. Em complemento a esta análise, será visto em conjunto, como os hábitos geram bloqueios mentais que são perpetuados por gerações, sendo diretamente refletidos na educação financeira e penalizando a economia como um todo conforme estes pontos são conectados. Espero que ao final da leitura, com uma contribuição construtiva ao cenário atual, uma nova forma de enxergar este ciclo seja revelada ao leitor, expondo de forma crítica e ácida, a tamanha ignorância que cerca majoritária parcela da população que vive no capitalismo sem compreender a função do capital.